Hoje é sábado, dia da nossa já tradicional coluna Sábado Nostalgia. Vamos relembrar juntos a história de um ônibus que já rodou nas ruas do Recife.
A personagem de hoje é um Comil Svelto III, chassi Mercedes-Benz OF-1721. Ele pertenceu a Pedrosa e tinha o prefixo 109. Chegou para a empresa em 2001, como parte da renovação de frota promovida naquele ano. Entre outras características, tinha itinerário de lona e poltronas de fibra.
Porém a característica mais marcante, tanto do 109 quanto dos seus irmãos, foi o ar condicionado. Para isso vamos voltar 13 anos no tempo: naquele 2001, o transporte urbano do Recife estava em um processo de mudança. O transporte clandestino de passageiros, as conhecidas kombis, se espalhavam pela cidade e prejudicavam bastante as empresas de ônibus com a concorrência desleal. Além disso, não ofereciam nenhum conforto e segurança para o passageiro.
Contudo, ganhavam em um aspecto, que prevalecia sobre todos os demais na preferência de quem usava os clandestinos: a agilidade. Sem horários para cumprir, nem velocidade regulamente, as kombis rasgavam as ruas e avenidas da cidade de qualquer forma, arriscando a vida do condutor e dos passageiros, porém garantindo uma chegada mais rápida ao destino.
A situação ficou tão crítica e a concorrência tão desleal que a partir de 2001 a antiga EMTU resolveu agir para acabar com os clandestinos. Para isso, exigiu que as empresas de ônibus renovassem suas frotas, e oferecessem confortos extras aos passageiros, sendo o principal deles o ar condicionado.
Praticamente todas as empresas do sistema compraram ônibus com ar condicionado. E na Pedrosa, o 109 foi justamente um dos climatizados. A preferência da empresa naquela ocasião foi pela mesma carroceria e mesmo chassi do carro que estamos falando. Salvo uma única exceção: o 104, que era Volkswagen 17-210 OD, um dos primeiros a chegarem no Recife.
Ao longo dos seus quase 10 anos de atividade, o 109 passou por várias linhas da empresa. Uma das que ficou mais tempo foi a 630 Vasco da Gama/Derby, que também é uma das principais da Pedrosa.
O 109 encerrou sua carreira pela Pedrosa em 2010, após ser substituído por ônibus mais novos. Depois da aposentadoria, ele foi vendido e hoje pertence a um proprietário particular. Relembre agora com a gente este grande carro, e também veja como está atualmente:
Créditos: Herbert Zils/Ônibus Brasil
Créditos: João Paulo Clarindo/Ônibus Brasil
Gostou? Então que tal conferir também as edições anteriores da coluna Sábado Nostalgia?
- 25/01/2014: Caruaruense 403
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