quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Polêmica no transporte freia indústria de ônibus

Créditos: Fabiano Biano/Facebook

A indústria de carrocerias de ônibus espera um 2014 abaixo da expectativa pela continuidade da tensão que envolve o transporte público. A polêmica sobre as tarifas e as depredações de ônibus frearam a renovação de frota no segmento de veículos urbanos, o mais representativo para os fabricantes, e a intenção de investir permanece tímida.

Após o mercado despencar no segundo semestre do ano passado, a projeção de crescimento de até 10% para 2013 se transformou em um pífio 0,7% - um total de 28.813 unidades.

Como a controvérsia continua, a Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) estima que a alta do mercado interno em 2014, que poderia ser de até 8%, é projetada agora em no máximo, 2%, com queda especificamente na linha de urbanos. "É o próprio passageiro que vai sofrer", diz o gaúcho José Antonio Fernandes Martins, presidente da entidade, referindo-se à falta de renovação da frota.

O ano só não será mais fraco pelo esperado avanço na venda de veículos rodoviários, utilizados em viagens intermunicipais e interestaduais, e pelo programa do governo federal Caminhos da Escola, que vai garantir a produção de mais 8 mil veículos - metade para a Marcopolo, de Caxias do Sul.

Outra decepção no ano passado foi a venda de BRTs, devido ao atraso das obras de Mobilidade urbana nas principais cidades brasileiras. A venda foi de aproximadamente 800 veículos, pouco mais da metade do volume esperado pela Fabus.

O prazo é apertado, mas os empreendedores que pretendem erguer módulos de plataformas de petróleo no porto da Capital têm esperança de iniciar a produção no primeiro semestre. O projeto é da gaúcha Interbrasil Transportes e Guindastes Intermodais em parceria com a Ecovix-Engevix. A licença de instalação saiu em setembro, e agora é esperada a de operação.

Jonal Zero Hora/Unibus RN

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