segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Neobus apresenta o Mega Plus

No último sábado, 21/09, apareceram as primeiras fotos da versão 2014 do consagrado modelo urbano da Neobus, o Mega. Batizado como Mega Plus, ele foi flagrado na cidade de Caxias do Sul, nas proximidades de sua fábrica, com a pintura padronizada do consórcio Intersul da cidade do Rio de Janeiro. O veículo que servirá de apresentação em eventos do setor e em empresas, foi montado sobre chassi Mercedes-Benz OF-1721 Euro V/59 e veio equipado com ar condicionado. 

Créditos: Jovani Cechin/Facebook

O modelo segue a linha da família Neobus, como o Mega BRT e New Road N10, tanto que pode se ver a semelhança entre as traseiras desses modelos com o Mega Plus.

Créditos: Jvani Cechin/Facebook

O modelo Mega 2006 que foi substituído pelo Mega Plus, é a versão do Mega que ficou mais tempo em linha. Produzido desde 2005, apesar da versão levar o nome Mega 2006, ficou também conhecido como Mega IV e foi  o modelo que consolidou a marca Neobus no mercado nacional.

Portal Ônibus Paraibanos

Empresas podem ajudar na mobilidade, diz estudo do Banco Mundial

Trabalho à distância, ônibus de fretamento e informações sobre o transporte público são alternativas apontadas pela entidade.

Créditos: Guto de Castro/Acervo

Todos reclamam da falta de mobilidade urbana, do excesso de veículos e da poluição. Mas a maioria das pessoas deixa a solução dos problemas apenas para os governos e as companhias operadoras de transportes.

Estudo do Banco Mundial, que acompanhou por um ano um grupo de cerca de 1 mil e 500 funcionários de empresas da região da Avenida Luís Carlos Berrini, na zona Sul de São Paulo, mostrou que todos devem fazer sua parte. Inclusive as empresas empregadoras que tanto se queixam dos prejuízos causados pela falta de mobilidade à economia e ao rendimento dos seus funcionários.
Entre as ações que podem ser tomadas pelas empresas, segundo o Banco Mundial, é estimular o uso do transporte coletivo, seja público ou de fretamento.
Segundo o estudo, ações semelhantes foram tomadas por um conjunto de empresas em Washington e na Califórnia, nos Estados Unidos, e ajudaram a reduzir significativamente os congestionamentos. O uso dos ônibus de fretamento foi destaque,mesmo com a rede de transportes públicos.
O Banco Mundial ainda informa que em algumas cidades, empresas com mais de cem funcionários são obrigadas por lei a apresentarem planos de mobilidade para os funcionários.
Acompanhe algumas ações, todas muito simples e de baixo custo, que podem ser tomadas pelas empresas empregadoras, de acordo com o Banco Mundial:
- Oferecer transporte fretado para os funcionários, seja por ônibus ou van. Para isso, o poder público deve no espaço urbano regularizar o fretado, mas priorizá-lo em detrimento ao transporte individual.
- Arcar com os 6% referentes ao desconto do Vale Transporte do trabalhador. O aumento da produtividade do funcionário pode refletir em maior rendimento e trazer resultados superiores aos 6% do Vale Transporte. A não cobrança do vale do funcionário é um estímulo para ele ir trabalhar de ônibus, trem e metrô
- Mostrar as opções de transportes públicos aos funcionários. Tem muita gente que possui a disposição linhas de ônibus e metrô da casa para o trabalho e não sabe disso. Muitos não têm linhas que não vão direto para o trabalho, mas se integram com outras de maneira simples. Com ajuda dos gerenciadores de transportes e até mesmo dos próprios funcionários, as empresas podem mapear as opções de ônibus, trem e metrô e informar todos seus empregados.
- Flexibilização dos horários de trabalho para evitar deslocamentos nas horas de pico. Há muitas profissões que não necessitam que o trabalhador entre às 8h00 e saia às 18h00. Mas as empresas não enxergam na prática essa possibilidade. Além de melhorar a mobilidade, isso melhora a qualidade de vida do trabalhador. Afinal, ir num transporte lotado ou num trânsito congestionando podendo ter opção de outro horário é um desgaste desnecessário.
- Trabalho à distância. Existem muitos ramos que não necessitam da presença do funcionário na empresa todos os dias. Pelo contrário. Sem o cansaço do deslocamento, sem o estresse da cobrança do chefe toda a hora em cima e sendo disciplinado quanto aos horários, além de render mais, o funcionário pode se sentir mais livre em casa e ser mais criativo.
- Estimular carona. Não é raro de vários funcionários na mesma hora irem para os mesmos locais, mas cada um com seu carro.
- Oferecer infraestrutura para quem usa bicicleta. Muita gente mora relativamente perto do trabalho, mas andar de bicicleta faz suar e necessita de um lugar para guardar o veículo. Ao mesmo tempo que o poder público deve ampliar as ciclovias, as empresas poderiam oferecer vestiários, chuveiros e bicicletários.
- Criar sistemas de folgas durante a semana. Se as empresas durante algumas jornadas ampliarem entre duas e três horas, pode gerar ao menos um dia de folga durante a semana, além do sábado e domingo, a cada quinzena. Isso geraria menos deslocamentos, pelo menos nos horários de pico.
- Oferecer alternativas em pólos geradores de emprego, ajudando o poder público na infraestrutura para melhorar o deslocamento das pessoas, em especial por transporte coletivo. Afinal, o transporte coletivo é o responsável pelo deslocamento dos funcionários e o aumento do valor dos imóveis e, em alguns casos, pela maior movimentação de clientes nos negócios. É a chamada contribuição da melhoria.
Apesar de as ideais serem de fácil execução, as empresas, as mesmas que falam em modernização das relações de trabalho, se mostram resistentes.
Das 80 empresas que fizeram parte do estudo do Banco Mundial, apenas 10 tomaram medidas práticas.
Adamo Bazanijornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Blog Ônibus Brasil

Almanaque da ABRATI entra na luta para encontrar crianças desaparecidas


No dia 17 de dezembro de 2009 foi sancionada a Lei nº 12.127/2009, que criou o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, resultante de uma ampla discussão nacional somada aos trabalhos de investigação da CPI de Crianças e Adolescente Desaparecidos.

A partir deste mês de outubro, o Almanaque de Bordo, desenvolvido pela Rede de Comunicação Abrati, entrará nessa luta. A contracapa do Almanaque terá fotos de crianças e adolescentes desaparecidos, para ajudar nas buscas. Quem tiver informações deverá procurar uma delegacia ou entrar em contato pelo Disque 100. Muitas e muitas famílias vão agradecer esse gesto!

Como funciona
O Cadastro consiste em um banco de dados alimentado com informações sobre crianças e adolescentes desaparecidos. Possibilita o registro, a sistematização, a consulta, e a difusão de informações sobre casos de desaparecimento em todo o país, além de marcar o envolvimento de agentes de Segurança Pública, Governos de Estado, Conselhos Tutelares e da sociedade no enfrentamento pleno desta problemática.

Também facilita à família da criança ou adolescente desaparecido, o encaminhamento dos procedimentos de coleta de material genético para o Banco Nacional de DNA, ampliando as ferramentas de busca e apoio nas investigações.

Qualquer pessoa pode registrar o desaparecimento de criança e adolescente. Os registros constantes do Cadastro Nacional levam em conta o sigilo das informações pessoais. Caso autorizada a divulgação do caso pelo cadastrante, somente serão disseminadas informações básicas – as específicas ficam disponíveis somente aos profissionais responsáveis pela busca, localização e identificação.

Essas e outras informações podem ser acessadas no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidas: www.desaparecidos.gov.br. Entre nessa luta você também!

Juntos a Bordo

Terminais rodoviários apresentam problemas estruturais no Agreste

Falta de segurança é um dos problemas mais apontados em Cachoeirinha. Em Caruaru, acúmulo de sujeira incomoda passageiros na rodoviária.
Rodoviária de Cachoeirinha. Crédits: TV Asa Branca/Divulgação

As condições do Terminal Rodoviário de Cachoeirinha, no Agreste de Pernambuco, têm sido motivo de reclamação, e o problema não é só estrutural. A falta de segurança também incomoda os moradores. A situação já foi mostrada em várias reportagens do ABTV, mas a situação continua inalterada.

É fácil perceber rachaduras, infiltrações no teto, sinais de salina nas paredes e cobertura desgastada. Porém um dos problemas que mais preocupa quem usa o terminal é a falta de segurança. A costureira Joselma Xavier, teme desembarcar durante a noite no local. "É muito escuro e sempre têm pessoas aqui para fazer o mal aos outros", diz.
Queixas também quanto a situação do Terminal Rodoviário de Caruaru. O problema é o acúmulo de lixo no local, que atrai muitos insetos. Funcionários atuam para limpar o interior da rodoviária, mas não tem sido suficiente. "O cheiro é horrível. Tenho certeza que faz mal à saúde", afirma o aposentado, Severino Eloi.
Os taxistas também reclamam. Eles dizem que é constante aparecerem profissionais clandestinos na rodoviária. "Eles não têm autorização para trabalhar aqui, mas trabalham. Nosso pão é esse trabalho e por causa dos clandestinos a renda cai no final do mês", diz o taxista, Sebastião da Silva.
Em nota, a assessoria de imprensa da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal do Estado, informou que uma empresa já foi contratada para dar início as obras do Terminal Rodoviário de Caruaru. O prazo para o término da reforma é de 90 dias. Quanto as queixas dos taxistas, a Autarquia Municipal de Defesa Social Trânsito e Transportes (Destra) informa que a fiscalização sobre táxi clandestino acontece em toda cidade, mas o motorista infrator precisa ser pego em flagrante. Portanto, a população pode ajudar nessa fiscalização denunciando pelos telefones: (81) 3701-1173 ou 3701-1174.
Sobre a situação do Terminal Rodoviário de Cachoeirinha, a empresa explicou que a assinatura da ordem de serviço está prevista para o primeiro semestre do próximo ano, após licitação do protejo e da obra. Mas, na próxima semana, uma equipe do Governo do Estado deve ir até o terminal para fazer uma vistoria. Após a visita serão definidas ações para tentar resolver alguns problemas emergenciais. Sobre a segurança dos dois locais, a assessoria informou que a polícia militar está sendo acionada para reforçar a segurança dos terminais rodoviários.

G1 Interior PE

sábado, 21 de setembro de 2013

Como o transporte público pode reduzir as mortes no trânsito enquanto as cidades crescem



As cidades em todo o mundo estão prestes a ficar muito mais ocupadas. Hoje, mais de 50% da população global vive em áreas urbanas e em 
2050, esse índice terá chegado a 75%.Essa migração em massa pode resultar em ruas  repletas de poluição atmosférica, acidentes de trânsito e congestionamentos. Ou poderia gerar um boom de centros urbanos limpos e compactos, com áreas seguras e saudáveis. A maneira como as cidades serão no futuro será moldada pela forma como são planejadas e desenvolvidas agora. 

Muitas cidades enfrentam grandes obstáculos quando se trata de segurança no trânsito, qualidade do ar e inatividade física. À medida que as populações aumentarem, esses desafios vão se tornar ainda mais urgentes.

Mais de 90% das mortes no trânsito acontecem em países de média e baixa renda, justamente onde o processo de urbanização está se acelerando mais rapidamente. Cerca de 1,3 milhão de pessoas morrem prematuramente a cada ano em decorrência da poluição do ar nas cidades, um número que só vai aumentar à medida que mais carros entrarem nas ruas. Atualmente, 1,2 milhão de pessoas morrem e aproximadamente 50 milhões são feridas em acidentes de trânsito todos os anos. Quase metade desses acidentes acontece nas cidades.

Enquanto as cidades enfrentam grandes desafios, são ao mesmo tempo motores de crescimento econômico. É importante que os planejadores urbanos trabalhem para manter essa atividade econômica, mesmo enquanto desenvolvem projetos urbanos que sejam sustentáveis e bons para a saúde pública. Planejamento urbano inteligente pode melhorar consideravelmente a segurança viária, a qualidade do ar e a atividade física nas cidades em todo o mundo.

Tudo começa com uma visão: em que tipo de cidade nós queremos viver? Quanto tempo nós queremos gastar com deslocamentos para o trabalho, ou com nossos amigos e familiares, ou com nossa atividade favorita? Queremos aceitar os mortos e feridos no trânsito como a norma? Quão importante é para nós viver em um ambiente saudável? Para os moradores das cidades, essas questões podem impactar muito a qualidade de vida.

Alguns planejadores escolhem expandir os limites de uma cidade conforme a população cresce; o resultado é um espalhamento urbano. Em cidades como Mumbai, Cidade do México, Rio de Janeiro e Istambul, muitas pessoas são forçadas a percorrer distâncias consideráveis para ir trabalhar, ter acesso aos serviços de que têm necessidade e geralmente isso se estende por suas vidas. O número de carros nas vias aumenta com esse espalhamento urbano, assim como o risco de acidentes. A poluição atmosférica fica ainda pior, e a qualidade de vida diminui.

Por outro lado, planejadores com visão de futuro são capazes de projetar cidades compactas que geram um impacto positivo sobre a saúde humana. Em áreas com quarteirões pequenos, os veículos fazem paradas com mais frequência e normalmente circulam em velocidades menores. Cidades com velocidades médias dos carros mais baixas e menos interseções complexas são mais seguras tanto para os motoristas e passageiros quanto para os pedestres.

Planejamento urbano compacto também pode estimular a atividade física. Cidades densas como Amsterdã, Nova York e Copenhagen oferecem aos moradores mais oportunidades de caminhar ou andar de bicicleta. Porque mais deslocamentos podem ser feitos sem carro, menos veículos são vistos na rua. Isso reduz o risco de acidentes e diminui as emissões de gases de efeito estufa e outras formas de poluição atmosférica. Finalmente, cidades mais densas fazem com que a implementação de um transporte público de alta qualidade seja muito mais viável economicamente.

São boas notícias sob a perspectiva da saúde pública. Uma pesquisa da EMBARQ, o Centro de Transporte Sustentável do World Resources Institute, mostrou que sistemas de transporte de massa bem planejados são muitas vezes mais seguros do que os veículos particulares, o típico meio de transporte em uma cidade expandida. Por exemplo, em Guadalajara, 99% dos acidentes envolvem carros particulares. Apenas 1% dos acidentes acontece no corredor do Macrobus (BRT).

A magnitude dos desafios que as cidades enfrentam pede novas soluções estruturais. E algumas cidades estão fazendo progressos. A EMBARQ está trabalhando com profissionais em mais de 50 cidades em seis países para redesenhar ruas e espaços públicos, dar às pessoas melhores opções de deslocamento e melhorar os sistemas de transporte de massa. Na Cidade do México, por exemplo, a EMBARQ apoiou a construção de quase 997 km de corredores BRT. Esses sistemas de transporte diminuíram o tempo dos deslocamentos relacionados a trabalho e estudo em aproximadamente 12 milhões de horas por ano, reduziram os índices de feridos e mortos em acidentes de trânsito em cerca de 40% e eliminaram mais de 113 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano.

Muitas das cidades em crescimento hoje estão se expandindo, o que vem aumentando os desafios urbanos. Mas não precisa ser assim. Os planejadores urbanos precisam focar em design inteligente, transporte público e na criação de novos espaços e oportunidades para caminhar e pedalar. As comunidades urbanas e o meio ambiente dependem disso.

*Claudia Adriazola é diretora do programa de saúde e segurança viária do World Resources Institute.