segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

As perspectivas para 2013

2012 está chegando ao fim. Em poucas horas, já estaremos vivendo 2013. E o que falar do ano que está por vir? Quais as perspectivas? O que deve acontecer no mundo dos transportes? Tudo isso você confere agora nesse especial.

Inauguração dos terminais integrados
 Créditos: Diário de Pernambuco/Acervo

2012 acabou e três terminais integrados de ônibus ainda esperam para ser inaugurados no Grande Recife: Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, Tancredo Neves, no Recife, e Xambá em Olinda. Os dois primeiros são integrados à linha sul do metrô.

Para 2013, esperamos que esses terminais possam entrar em operação, beneficiando milhares de pessoas que hoje sofrem pela falta desses equipamentos urbanos.

Conclusão dos corredores BRT

 Créditos: Governo de Pernambuco/Divulgação

Dois corredores de ônibus no modelo BRT (Bus Rapid Transit, com faixas exclusivas e portas à esquerda), estão sendo construídos na Região Metropolitana do Recife: o Norte-Sul, em parte da BR-101 e na PE-15, e o Leste-Oeste, na Avenida Caxangá.

Em 2013, espera-se que esses corredores entrem em funcionamento, já que são primordiais para a realização da Copa das Confederações, em junho. Eles devem melhorar bastante as condições da mobilidade urbana nas regiões atendidas, já que os ônibus gastarão menos tempo para chegar ao centro do Recife.

Investimento na tecnologia Euro V

Uma das grandes novidades de 2012 foi o lançamento da nova tecnologia Euro V para motores de ônibus, que reduz a emissão de poluentes, como o enxofre e os óxidos de nitrogênio. Contudo, as evoluções ambientais refletiram nos preços dos chassis, que ficaram mais caros que os antigos Euro III. Isso fez vários frotistas anteciparem suas renovações, afim de escaparem do aumento de preço. No Recife, por exemplo, apenas 26 ônibus Euro V operam na cidade.

Para 2013, esperamos que os empresários invistam pesadamente nos novos motres Euro V, que, além de gerarem benefícios para o meio ambiente, vão, a longo prazo, surtir melhorias também para todos os habitantes das grandes cidades, com a melhora da qualidade do ar.

Licitação do transporte na RMR

Um assunto antigo, que parecia que finalmente sairia do papel em 2012, mas avançou pouco. A licitação das linhas de ônibus no Grande Recife é uma necessidade, já que poderá implicar em alguns avanços, como melhoria estrutural da frota e investimento em tecnologia e até alguns sonhos, como a climatização dos ônibus e a redução das tarifas.

Em 2012, as linhas foram separadas em lotes, com a determinação de quantos carros rodarão em cada um deles. Além disso, foi publicado o regulamento do sistema de transporte da RMR. Mas, não há notícias de quando será lançado o edital definitivo, sequer de quando o certame será concluído.

Para 2013, esperamos que a licitação das linhas de ônibus possa ter andamento e ser concluída, e que ela melhore a qualidade do transporte no Grande Recife.

Desenvolvimento de outros modais

Bicicleta, transporte aquaviário. 2012 foi marcado por grandes debates sobre modais com pouco espaço na cidade atualmente. Contudo, pouco foi feito na prática, e a situação permanece praticamente estagnada.

Para 2013, esperamos a construção de novas ciclovias, melhorando a vida de quem anda de bicicleta pelas ruas da cidade e o desenvolvimento do projeto de navegação do Rio Capibaribe, que vai permitir o transporte de pessoas pelo grande leito fluvial recifense, ajudando a desobstruir as ruas da cidade. E, talvez até mais importante, a integração destes com outros modais, como os ônibus e o metrô.

E, por fim, gostaríamos de desejar a você, caro leitor do Maxi Ônibus Olinda, um Feliz 2013, com muita paz, alegria, saúde e prosperidade. Esperamos continuar junto de você neste ano que chega, e que promete bastante!


Balanço da renovação de frota na RMR - 2012

2012 está chegando ao fim! Faltam poucas horas para comemorarmos a chegada de 2013. Mas, como tradicionalmente fazemos, vamos contabilizar aqui quantos ônibus novos foram adquiridos pelas empresas do Grande Recife. Confira:

Itamaracá - 52

20 Comil Svelto IV - Volkswagen 17-230 EOD V-Tronic

Créditos: Guto de Castro/Acervo

30 Comil Svelto V - Volkswagen 17-230 EOD V-Tronic

 Créditos: Guto de Castro/Ônibus Brasil

1 Comil Svelto V - Volkswagen 17-230 OD Euro V V-Tronic

Créditos: Daniel Cleiton Bezerra/Ônibus Brasil

1 Comil Svelto V - Volkswagen 17-260 EOD (6x2)
Créditos: Vital Fernandes/Ônibus Brasil

Cidade Alta - 40

10 Comil Svelto IV - Mercedes-Benz OF-1722
Créditos: Guto de Castro/Ônibus Brasil

10 Comil Svelto V - Mercedes-Benz OF-1722
Créditos: Guto de Castro/Ônibus Brasil

20 Comil Svelto V - Volkswagen 17-230 EOD V Tronic
Créditos: Guto de Castro/Acervo

Rodotur - 6

6 Caio Apache VIP II - Mercedes-Benz OF-1722
Créditos: Eronildo Assunção/Ônibus Brasil

Caxangá - 54

54 Marcopolo Torino 2007 - Mercedes-Benz OF-1722
 Créditos: Guto de Castro/Ônibus Brasil

São Paulo - 9

9 Marcopolo Torino 2007 - Mercedes-Benz OF-1722
 Créditos: Eronildo Assunção/Ônibus Brasil

Rodolinda - 0

Globo - 26

25 Comil Svelto V - Mercedes-Benz OF-1722
 Créditos: Renato Barros/Ônibus Brasil

1 Comil Svelto V - Volkswagen 17-230 EOD V-Tronic

Pedrosa - 17

15 Caio Apache VIP II - Mercedes-Benz OF-1722
 Créditos: Guto de Castro/Acervo

2 Caio Apache VIP II - Mercedes-Benz OF-1418

Transcol - 24

2 Caio Apache VIP II - Volkswagen 17-230 EOD V-Tronic

16 Marcopolo Torino 2007 - Volkswagen 17-230 EOD V-Tronic
 Créditos: Rafael Fernandes/Ônibus Brasil

5 Comil Svelto V - Volswagen 17-230 EOD V-Tronic
 Créditos: Vital Fernandes/Ônibus Brasil

1 Caio Apache VIP II - Volkswagen 17-230 OD Euro V
 Créditos: Erick Souza/Ônibus Brasil

Rodoviária Metropolitana - 35

31 Caio Apache VIP II - Mercedes-Benz OF-1418
 Créditos: Eronildo Assunção/Ônibus Brasil

4 Caio Apache VIP II - Mercedes-Benz OF-1722

CRT - 15

10 Caio Apache VIP II - Mercedes-Benz OF-1418

5 Mascarello Gran Via - Volvo B270 F (6x2)
 Créditos: Guto de Castro/Maxi Ônibus Olinda

Mirim - 4

2 Marcopolo Torino 2007 - Mercedes-Benz OF-1722

2 Marcopolo Torino 2007 - Mercedes-Benz OF-1721 Euro V

Santa Cruz - 4

2 Busscar Urbanuss Pluss Articulado - Mercedes-Benz O-500 M

2 Marcopolo Gran Viale Articulado - Mercedes-Benz O-500 M

Empresa Metropolitana - 43

38 Marcopolo Torino 2007 - Mercedes-Benz OF-1722

2 Busscar Urbanuss Pluss Articulado - Mercedes-Benz O-500 M
 Créditos: Rafael Fernandes/Ônibus Brasil

3 Marcopolo Gran Viale Articulado - Mercedes-Benz O-500 M
Créditos: Matheus Fernando/Ônibus Brasil

Borborema - 46

30 Marcopolo Torino 2007 - Mercedes-Benz OF-1722

3 Marcopolo Gran Viale Articulado - Mercedes-Benz O-500 M

2 Busscar Urbanuss Pluss Articulado - Mercedes-Benz O-500 M

6 Neobus Mega - Mercedes-Benz OF-1721 Euro V

5 Neobus Mega - Volkswagen 17-230 OD Euro V

Vera Cruz - 40

15 Marcopolo Gran Viale Articulado - Volvo B12 M
Créditos: Guto de Castro/Acervo

22 Marcopolo Torino 2007 - Volkswagen 17-230 EOD



1 Marcopolo Torino 2007 - Volkswagen 17-230 EOD Euro V

1 Comil Svelto V - Volkswagen 17-260 EOD

1 Comil Svelto V - Volkswagen 17-260 EOD (6x2)

São Judas Tadeu - 21

7 Marcopolo Gran Viale Articulado - Mercedes-Benz O-500 M

2 Busscar Urbanuss Pluss - Mercedes-Benz O-500 M

1 Busscar Urbanuss Pluss II - Mercedes-Benz O-500 M

2 Marcopolo Ideale 770 - Volkswagen 17-230 OD Euro V

9 Caio Apache VIP II - Volkswagen 17-230 OD Euro V

Cruzeiro - 00

Total - 437 ônibus novos

Em tempo: em 2012, foram adquiridos 27 ônibus a mais, se compararmos com os dados de 2011 (410 ônibus novos).

TOP 4

Empresas que mais investiram
1° - Caxangá (54)
2° - Itamaracá (52)
3° - Borborema (46)
4° - Empresa Metropolitana (43)

Carroceria do ano
1° - Marcopolo Torino 2007
2° - Comil Svelto V
3° - Caio Apache VIP II
4° - Marcopolo Gran Viale Articulado

Chassi do ano
1° - Mercedes-Benz OF-1722
2° - Volkswagen 17-230 EOD V Tronic
3° - Volkswagen 17-230 EOD
4° - Mercedes-Benz O-500 M

sábado, 29 de dezembro de 2012

Restrospectiva 2012: o que aconteceu no transporte em Pernambuco e no Brasil


Neste sábado, o Maxi Ônibus Olinda começa uma série especial de fim de ano. Serão ao todo três postagens, incluindo essa. As outras duas irão ao ar na próxima segunda, 31. Você vai relembrar o que marcou o ano de 2012 nos transportes, além de conferir o balanço da renovação de frota no Recife e as perspectivas para 2013.

2012 foi um ano bastante movimentado no mundo dos transportes. Desde o lançamento de novos modelos de ônibus até as polemicas envolvendo os novos terminais integrados do Recife, tudo isso marcou bastante esses últimos 366 dias.

No tocante a modelos de ônibus, tivemos o lançamento de várias carrocerias, como o Apache VIP III, no segmento urbano. Já na parte semi-rodoviária e rodoviária, destacamos o Marcopolo Audace e o Irizar i6. Aqui em Pernambuco, tivemos a consolidação do Comil Svelto V, que garantiu presença na frota de várias empresas, além dos panorâmicos da Marcopolo, que ganharam espaço nas empresas rodoviárias e de fretamento.

Créditos: Caio/Divulgação

Já nos chassis, tivemos várias novidades. A tecnologia Euro V veio para melhorar a eficiência dos motores e poluir menos o meio ambiente. Praticamente todas as fabricantes aderiram à novidade. Volkswagen (17-230 OD e 15-190 OD), Mercedes-Benz (OF-1519, OF-1721 e OF-1724), Scania, Volvo, entre outras.

Nesse aspecto, quem "amarelou" foram as empresas de ônibus, que anteciparam as compras com os motores antigos por causa do custo mais elevado do Euro V. Por isso, ainda temos uma quantidade pequena de ônibus com essa nova tecnologia circulando em nossas ruas.

Vindo para a terra dos altos coqueiros, o grande destaque do ano foi o investimento de algumas empresas em ônibus mais potentes. Os articulados de motor traseiro ganharam espaço na nossa frota. Vera Cruz, Borborema, Santa Cruz, Empresa Metropolitana e São Judas Tadeu foram as responsáveis pelas compras.


Após um longo tempo, voltamos a investir em trucados. CRT, Itamaracá e Vera Cruz apostaram nos veículos de três eixos, com uma novidade em relação ao que tínhamos aqui: o 3° eixo direcional, o que facilita a manobra e operação destes grandões de 15 metros.


O interior não ficou para trás. Caruaru e Petrolina ganharam novas empresas (Capital do Agreste e Viva Petrolina, respectivamente). O serviço de ônibus foi restruturado em alguns aspectos, e melhorou consideravelmente sua qualidade, nas duas cidades.

Quem tomou conta do pedaço em Pernambuco foi a Volvo. Em 2012, a fabricante de motores sueca ampliou sua participação no mercado pernambucano, tanto no segmento rodoviário quanto no urbano. Marcou presença nos trucados da CRT (motor B270F), nos articulados da Vera Cruz (motor B12M), e nas aquisições da Santur e da RCR.

O Maxi Ônibus Olinda também foi destaque em 2012. Nesse ano, ampliamos a interação com você, caro leitor, por meio das redes sociais, além da prestação de serviços e das nossas colunas. Onde Está Você, Modelos de Ônibus, entre outras, trouxeram um feedback importante. Além, claro, dos nossos três anos em atividade.

Mas, a grande polêmica de 2012, sem dúvida, envolve os terminais integrados da Região Metropolitana do Recife. A inauguração, em abril, do TI Aeroporto gerou várias críticas pela dependência do metrô para  chegar ao centro da cidade. E claro, a longa espera pelo início das atividades dos outros três terminais: Tancredo Neves, no Recife; Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes; e Xambá, em Olinda.

Créditos: Guto de Castro/Acervo

Os dois primeiros dependem do reforço da frota na linha Sul do metrô para inaugurar, enquanto o último precisa de adequações em um corredor de ônibus récem-inaugurado. Enquanto isso, a população sofre com a falta desses equipamentos urbanos de extrema importância. As empresas de ônibus também foram prejudicadas: investiram em ônibus com o padrão do SEI e, diante da falta de perspectiva em relação às novas integrações, acabaram colocando os veículos em linhas que não fazem parte do Sistema Estrutural Integrado.

Para terminar, não podemos deixar de falar dos corredores de ônibus que estão sendo construídos na região metropolitana. Seguindo o modelo BRT, o corredor Norte-Sul e o Leste-Oeste estão com as obras dentro do ritmo, mas ainda não tem data para inauguração. As duas obras visam a melhoria da mobilidade na RMR para a Copa das Confederações, em 2013, e a Copa do Mundo, em 2014.

E, para encerrar, trazemos para vocês as cinco postagens mais vistas nesse ano de 2012 aqui no blog. Relembre o que foi destaque com a gente:

- Consórcio adequa atendimento para o Shopping RioMar 
- Nápoles: 10 anos sem uma gigante do transporte pernambucano
- Homem morre em acidente na Avenida Recife
- Brasil precisa de 50 mil novos motoristas de ônibus e caminhão
- No Grande Recife, Terminal integrado de Cajueiro Seco vai possibilitar redução de tarifa nos ônibus



Onde Está Você: Borborema 527 e Progresso 7243

Neste último sábado do ano, chegou a hora de conferir a última coluna "Onde Está Você" do ano. E hoje saímos do ambiente urbano para as estradas pernambucanas. Você vai conferir dois ônibus rodoviários que rodaram por empresas daqui, e que agora prestam serviços em outros lugares.

O primeiro deles é um Monobloco O-400 Rodoviário, de chassi Mercedes-Benz O-500 RS. Ele pertencia à Borborema e tinha o prefixo 527. Chegou para a empresa em 1995, junto com mais alguns irmãos. Detalhe interessante é que alguns foram rodar no sistema urbano, nas récem-criadas linhas opcionais (042 e 072).

Os carros desse lote tiveram vida longa na empresa, tendo sido aposentados em 2011. Rodavam nas linhas intermunicipais da empresa, como a Recife X Bonito. Os que inicialmente foram para as linhas opcionais foram integrados à frota rodoviária em meados dos anos 2000.

 Créditos: Alessandro de Bem Barros/Ônibus Brasil

O 527 agora presta serviços particulares. Veja como ele está atualmente:

 Créditos: Paulo Renne/Ônibus Brasil

O segundo personagem da nossa coluna de hoje é um Marcopolo Paradiso G6, chassi Scania K-124. Ele pertenceu a Progresso, onde tinha o prefixo 7243. Foi adquirido em 2003 junto com mais 14 carros de mesma configuração. Eram um dos poucos ônibus de três eixos que a empresa mantinha nos últimos tempos. Alguns desses veículos também vieram com bancada leito, em que as poltronas reclinam totalmente, o que originou um serviço chamado na época de "Cama Bus".

Créditos: Guto de Castro/Acervo

O 7243 foi aposentado em 2011, após a grande renovação feita pela empresa naquele ano. Então, foi comprado pela WBF Turismo, onde participa de fretamentos por todo o estado da Paraíba. Veja como ele está atualmente:
 Créditos: Arthur Gonçalves/Ônibus Brasil

Gostou? Então confira o "Onde Está Você" dos sábados anteriores:

- 22/12/2012: Caxangá 402 e Santa Cruz 416
- 15/12/2012: Borborema 464 e São Judas Tadeu 873
- 08/12/2012: Transcol 155 e Pedrosa 202
- 01/12/2012: Caxangá 326 e Rodoviária Metropolitana 042

A mobilidade parou em Pernambuco

O ano 2012 terminou e numa reflexão direta, objetiva, crua e, principalmente, sem apegos, concluímos que a mobilidade parou em Pernambuco. Está tudo estagnado, de fato. Todos os projetos desenvolvidos ou prometidos na segunda gestão do governo Eduardo Campos não saíram do papel, enfrentam pendências ou, no máximo, são tocados a passos muito lentos, colocando em dúvida sua conclusão dentro dos prazos prometidos. O excelente desempenho do primeiro governo Eduardo Campos se perdeu nesse segundo mandato. Pelo menos até agora. Se na primeira gestão ele conseguiu imprimir a marca da mobilidade, conquistando importantes méritos, como a ampliação do Sistema Estrutural Integrado (SEI) – fez em quatro anos o que outros governos não conseguiram fazer em 20 ao construir seis novos TIs -  e viabilizando importantes projetos para a Copa do Mundo, tudo parou em 2012. Confira abaixo projeto por projeto e a situação atual de cada um:

* LICITAÇÃO DAS LINHAS DE ÔNIBUS DA RMR
Numa coletiva comandada pessoalmente pelo governador foi anunciado o início do processo de licitação das 385 linhas de ônibus em operação na Região Metropolitana do Recife, um momento histórico para o sistema  de transporte. A forma de fazer a concorrência, como as linhas seriam divididas e as exigências para o futuro modelo foram apresentadas, inclusive com a garantia de que o serviço de ônibus sofreria um salto de qualidade, sem novos custos para os passageiros. Mas nada aconteceu. A primeira promessa foi feita em abril de 2012 e desde então a Secretaria das Cidades e o Grande Recife Consórcio de Transporte só desconversam quando a licitação é cobrada.


* SISTEMA DE INFORMAÇÕES DOS ÔNIBUS
Em março deste ano o governo do Estado lançou o Sistema Inteligente de Monitoramento da Operação (Simop) com a promessa de que os passageiros passariam a receber informações, em tempo real, sobre  o tempo de viagem, a velocidade e o horário de chegada dos coletivos. Tudo via SMS e por paineis de LCD instalados nos terminais integrados. A previsão era de que seriam geradas informações para os usuários que estão nos TIs ou em uma das 6.238 paradas localizadas na RMR. Os horários de chegada e partida dos coletivos seriam anunciados nos painéis de LCD instalados nos terminais. Mas depois de 20 dias de funcionamento, com várias falhas, o serviço foi cancelado pessoalmente pelo governador e até hoje o Grande Recife Consórcio trabalha para relançar o edital de licitação.

* VIADUTOS DA AVENIDA AGAMENON MAGALHÃES
O projeto de mobilidade mais polêmico do governo Eduardo Campos está parado. O Estado se posicionou convicto de que deveria construir quatro viadutos transversais à Avenida Agamenon Magalhães sob o argumento de que, só com eles, teria como viabilizar a implantação de um trecho do Corredor Norte-Sul, uma via expressa que será operada por veículos BRTs (Bus Rapid Transit). Mas a proposta teve forte reação da sociedade e, com o tempo e as eleições municipais, o Estado foi esquecendo o assunto. Nos bastidores sabe-se que o projeto não é consenso internamente no governo. Um grupo técnico foi convidado para apontar vantagens e desvantagens da ideia e, como era de se esperar, ficou contra a proposta. O Estado foi obrigado pelo MPPE a realizar estudos de impacto, mas desde então evita o assunto.

Créditos: Governo de Pernambuco/Divulgação

* TERMINAIS INTEGRADOS
Dos seis terminais integrados do SEI construídos por Eduardo Campos, três estão prontos há pelo menos quatro meses, sem funcionar: os TIs de Cajueiro Seco e Tancredo Neves, integrados com a Linha Sul do metrô, e o TI de Xambá, às margens da Avenida Presidente Kennedy, em Olinda. As duas primeiras unidades, segundo o próprio governador, esperam a chegada de novas composições do metrô para entrarem em operação. O TI Xambá estaria dependendo de ajustes no equivocado corredor da Presidente Kennedy, via que foi transformada em corredor de ônibus pelo Estado e a Prefeitura de Olinda, mas que é repleta de erros de planejamento e execução. O resultado é que os três TIs que deveriam estar atendendo mais de cem mil passageiros, ampliando as opções de transporte e agilizando o deslocamento dessas pessoas, estão prontos e fechados. Somente agora, no fim do ano, o Grande Recife Consórcio de Transporte veio afirmar que há uma expectativa de que o TI de Cajueiro Seco entre em operação entre janeiro e fevereiro de 2013, quando a CBTU planeja iniciar a operação do primeiro de 15 novos trens adquiridos para o sistema metroviário.

Créditos: Blog Meu Transporte/Acervo

* NAVEGABILIDADE DO RIO CAPIBARIBE – RIOS DA GENTE
Pensado há décadas, mas sempre visto como utopia por aqui, o Projeto Rios da Gente, que prevê a transformação do Rio Capibaribe em rota de transporte fluvial, também não avançou. Foi lançado pelo governo, mas gerou polêmica e, principalmente, foi questionado pelo MPPE diante da ausência de estudos de impacto ambiental. Por coincidência, depois que o MPPE exigiu a realização de EIA/RIMA, o comando da CPRH foi mudado. A agência tinha fornecido uma simples autorização para a dragagem do Rio Capibaribe, o que foi questionado pelo MPPE. Por enquanto, o projeto está parado.  A proposta era de que 13,4 quilômetros do Capibaribe se tornassem navegáveis, inicialmente com duas rotas, transportando 335 mil passageiros, ao custo de R$ 289 milhões.

 Créditos: Governo de Pernambuco/Divulgação

* CORREDORES NORTE-SUL E LESTE-OESTE
De fato, são os dois únicos projetos do governo do Estado que estão andando. A passos lentos, mas andando. O Corredor Norte-Sul terá, quando totalmente pronto, 45 quilômetros de extensão, ligando os extremos da Região Metropolitana do Recife – Igarassu a Jaboatão dos Guararapes. Na etapa que está sendo executada, irá apenas de Igarassu até o Terminal Integrado de Joana Bezerra. Já o Leste-Oeste ligará o Derby ao município de Camaragibe e é essencial para a Copa do Mundo de 2014. As obras estão sendo tocadas pelo governo, mas num ritmo lento . O Norte-Sul é o mais avançado, com a execução de viadutos. Já o Leste-Oeste repassa a impressão de que não ficará pronto a tempo dos jogos mundiais. Os dois serão operados por BRTs.

* CORREDOR DA BR-101
O corredor da BR-101 ainda não tem sequer projeto executivo e depende da aprovação do Dnit porque a sua construção foi atrelada ao projeto de restauração do chamado contorno urbano que a rodovia federal faz do Grande Recife. A relação entre os dois projetos foi socilitada pelo governo do Estado para aproveitar a decisão da União de restaurar o trecho da BR. Mas nos bastidores comenta-se que o Dnit está resistindo para liberar o projeto porque quer esperar a construção do Arco Metropolitano, um novo corredor rodoviário que ligaria o Norte ao Sul do Grande Recife pela região Oeste. O Dnit estaria segurando a proposta do corredor na BR-101 temendo os engarrafamentos, já tão frenquentes na rodovia.

Roberta Soares

JC Online

Os ônibus articulados são eficientes?

Eles são considerados essenciais no transporte urbano por serem veículos de maior capacidade para levar passageiros, mas possuem dificuldades.

 Créditos: Guto de Castro/Acervo

A crescente expansão dos centros urbanos traz o aumento expressivo de uma demanda necessitada por transporte coletivo. Com a amplitude do perímetro urbano, em determinadas regiões, os sistemas de ônibus não comportam mais veículos caracterizados pela simplicidade e por um reduzido tamanho. Com isso, no final da década de 1970, surgiram os primeiros veículos articulados como projetos destinados a suprir essa carência e atender ao aumento da capacidade. Anos mais tarde, uma alternativa foi criada no Brasil para elevar ainda mais sua potencialidade. Tratava-se do ônibus biarticulado.


No entanto, se esses veículos são reconhecidos como vantajosos em relação ao aumento no número de passageiros que eles conseguem transportar e pela condição de poder substituir até três ônibus com consequências positivas ao meio ambiente, em muitos casos eles não são operados de maneira eficaz, o que compromete a sua essência, que é apresentar benefícios em toda a cadeia transportadora.

Corredores
Ônibus articulados (18 m de comprimento) e biarticulados (até 27 m) tiveram seus embriões em Curitiba, cidade exemplo na implantação do sistema BRT. Logo ganharam ruas e avenidas de outras cidades brasileiras e pela América Latina. Mas o que foi fixado como uma opção bem-vinda no conceito de corredores estruturais, não está sendo seguido de modo satisfatório pela maioria das vias urbanas no Brasil.

Para exemplificar, a capital paulista tem uma das maiores frotas do mundo composta por essas versões de ônibus (101 biarticulados e outros tantos articulados), sendo operada em quase todas as regiões da cidade. Entretanto, a falta de planejamento faz com que os grandes ônibus rodem em sintonia com outros modais (separados apenas por faixas pintadas no pavimento ou então em ruas e avenidas comuns, como a Marginal do Rio Pinheiros), havendo uma concorrência desestimulante, quando o correto é existirem vias exclusivas e tecnologia que privilegiem o fluxo dos veículos, como o acionamento de semáforos via sistema inteligente, garantindo vantagem nos cruzamentos, para que sua produtividade seja a principal atração dentro dos sistemas de transportes. “A utilização mais adequada para ônibus articulados e biarticulados é em trajetos retilíneos, como nos corredores exclusivos. Sua operação em sistemas viários de menor capacidade, como em vias coletoras e locais com itinerários sinuosos, não é congruente pelo seu porte e demais características físicas”, disse João Cucci Neto, professor de engenharia de tráfego e transporte urbano da Faculdade Mackenzie de São Paulo.

A maior cidade brasileira possui apenas dois sistemas segregados que comportam o uso de veículos maiores sem a interferência de outros: os corredores ABD (que liga a zona sul da capital à Região Leste, passando por três municípios da Grande São Paulo) e o Expresso Tiradentes, com atuação entre o centro e a Região Sudeste. Infelizmente as agendas governamentais privilegiam apenas os sistemas metroferroviários, o que parece ter maior propaganda alcançada à população usuária de transporte coletivo. “Em São Paulo, o transporte está muito aquém da condição econômica da cidade. A população paga o preço da descontinuidade administrativa; da falta de um planejamento integrado nos transportes; da ingerência política das empresas de ônibus e da insuficiência da rede estrutural de transporte”, atentou Cucci Neto.

Créditos: Guto de Castro/Acervo

Juarez Fioravanti, engenheiro aposentado da Volvo do Brasil e criador do biarticulado, revelou que a operação da versão articulada pode seguir os padrões de ruas e avenidas comuns, sem a necessidade de alguma segregação, mas que, no caso de um veículo maior, o correto é utilizar uma via preferencial. “O articulado foi desenvolvido há anos atrás para operar em cidades europeias que têm ruas estreitas onde um ônibus de 12 m tem dificuldades de giro. O giro do articulado pode ser bem menor que muitos tipos de ônibus de dois eixos, devido ao curto entreeixos da unidade tratora dianteira. Já o biarticulado deve ter exclusividade em suas rotas”, explicou. Fioravanti também disse que a não opção de implantação das vias exclusivas em sistemas estruturais nas grandes cidades brasileiras é consequência negativa proporcionada por administrações carentes de ideias inovadoras. “Falta decisão política de fazer algo bom, além de visão e conhecimento dos administradores, que só enxergam decisões essenciais de curtíssimo prazo”, enfatizou.

Segurança
Conduzir os citados modelos de ônibus merece atenção. Com uma ou duas articulações, eles são veículos que requerem um treinamento especial, em que a habilidade do motorista é colocada à prova. Alguns acidentes, com feridos e até mortes, já foram provocados pelos ônibus. Para que isso seja evitado, o termo segurança é crucial dentro dos parâmetros mínimos operacionais.

Para Luiz Festino, diretor de assuntos trabalhistas da Central Única dos Trabalhadores e consultor da área de transporte do Sindicato dos Motoristas de Ônibus de São Paulo, a questão sobre segurança envolve fatores importantes que estão sendo discutidos para a melhoria das condições operacionais dos ônibus urbanos. Hoje, basta uma troca de categoria na habilitação e o motorista já pode dirigir outro tipo de veículo que requer uma qualificação maior, diferentemente de outros países que exigem treinamento próprio no tipo de veículo que será conduzido. “O Código de Trânsito Brasileiro determina, por meio do Parágrafo Único do artigo 150, a obrigatoriedade de se fornecer cursos específicos, que foram regulamentados por intermédio da Resolução 168, de 14 de dezembro de 2004, estabelecendo normas e procedimentos para a formação de condutores de veículos automotores e elétricos, a realização dos exames, a expedição de documentos de habilitação, os cursos de formação, especializados e de reciclagem”, esclareceu. Festino ainda destacou que os motoristas desses ônibus em São Paulo reclamam pelas dificuldades encontradas no dia a dia perante o compartilhamento das vias com outros veículos de todos os portes, o que acaba refletindo nas condições de dirigibilidade, tornando a viagem mais estressante ao condutor, face à atenção redobrada devido ao excesso de comprimento dos veículos. “Os ônibus articulados e biarticulados foram concebidos para circular em vias segregadas ou corredores específicos, com uma demanda suficiente de passageiros para viabilizar sua utilização e não para concorrerem com automóveis e caminhões em uma mesma faixa da via. Falta planejamento no desenvolvimento de São Paulo”, completou.

Um pouco de história

Créditos: Ricardo Aparecido de Morais/Acervo

A ideia de utilizar os grandes ônibus urbanos ganhou força, sobretudo, no final da década de 1970. A crescente demanda de passageiros nas grandes cidades brasileiras determinou que aparecesse pelas ruas algo que pudesse solucionar, em parte, o problema da mobilidade urbana. As fabricantes de chassis Scania e Volvo deram a largada, apresentando seus protótipos. Curitiba, no Paraná, foi a cidade precursora no uso em larga escala desses novos ônibus. Foi lá também que apareceu o gigante das ruas, o modelo biarticulado, um projeto genuinamente brasileiro. “Não havia nada no mundo naquela época (meados de 1991) similar, relacionado a ônibus urbanos articulados, e o chassi B58 nos serviu de plataforma para o pioneiro protótipo do biarticulado”, disse Juarez Fioravanti, engenheiro aposentado da Volvo do Brasil. Atualmente, a otimização operacional das citadas versões é o grande trunfo para ampliar o atendimento ao passageiro em um sistema organizado composto por vias exclusivas para ônibus.

Créditos: Ricardo Aparecido de Morais/Acervo

Weslei Nunes / texto: Antonio Ferro

Transporte Mundial

Grande Recife divulga linhas que não operam neste final de ano

 Créditos: Guto de Castro/Acervo

O Grande Recife Consórcio de Transportes informa que devido as festividades de fim de ano, algumas linhas não irão operar.

Do dia 31/12/2012 a 1º de janeiro de 2013 as linhas que não operam são: 448-Jardim Petrópolis; 469-Camaragibe/CDU; 431-Cidade Universitária. Já no período de 29/12/12 a 1º de janeiro de 2013, algumas linhas não farão atendimentos, são elas: 480-Camaragibe/Derby; 424-CDU/Torrões (Via San Martim).

Para suprir essa ausência, o Grande Recife sugere aos usuários que procurem outras linhas com itinerários semelhantes. São elas: 446-UR-07; 207-Barro/Macaxeira (BR-101); 432-CDU (Várzea); 450-Camaragibe (Conde da Boa Vista).

Para outras dúvidas, sugestões ou críticas, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente pelo 0800.081.0158 ou pelo site www.granderecife.pe.gov.br.

GRCT

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Tarifas de ônibus do Recife e Região Metropolitana devem ser reajustadas em janeiro

 Créditos: Guto de Castro/Acervo

Começou a seção aumento de tarifa de ônibus pelo Brasil e aqui no Recife não é diferente, se tudo ocorrer como nos últimos anos, onde os reajustes foram feitos no mês de janeiro, teremos mais um aumento nas tarifas de ônibus na região metropolitana do Recife.

IPCA
Se formos levar em conta os últimos aumentos nas tarifas de ônibus na cidade do Recife, onde o Governo do Estado levou em conta o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), os usuários da Região Metropolitana do Recife já podem preparar os bolsos para um novo reajuste onde o Anel A, que hoje é usado por cerca de 70% da população passaria a custar R$ 2,30, pois o IPCA estará na casa dos 6%.

É certo afirmamos que hoje o Recife tem uma das tarifas de ônibus mais baratas do País, mesmo em cidades onde as tarifas são iguais ou próximas às praticadas na RMR, o valor consegue ser mantido porque suporta menores cargas tributárias, taxas e gratuidades, que no caso do Recife ultrapassam 50% do valor da tarifa. Várias cidades brasileiras, entre elas algumas com tarifas bem mais elevadas, têm ainda suas operações subsidiadas pelos governos municipais ou estaduais, o que não acontece na RMR.

Outros fatores levados em conta para a reivindicação das empresas de ônibus são o pagamento de pessoal, diesel, manutenção e compra de novos ônibus, entre outros.

Embora alguns avanços foram feitos no sistema e pelo incrível que pareça, mais por parte das empresas que renovaram e muito suas frotas com ônibus novos sendo incorporados no sistema, porém pelo lado do governo pouca coisa mudou e algumas até pioraram, onde usuários se espremem dentro dos ônibus por falta de viagens compatíveis em determinadas linhas causando superlotação, terminais sem estruturas, demora na construção de alguns, falta de segurança e organização, e o mais falado aqui no Blog desde de sua criação, falta de corredores e faixas exclusivas para os ônibus, ou seja, teremos um serviço provavelmente reajustado e o retorno não condiz com o valor pago nas catracas.

O fato é que veremos mais uma briga entre governo e empresas sobre esse novo reajuste que para muitos já é dado como certo, resta esperar de quanto será.

Se for feita pelo IPCA que está em 6%, teremos as seguintes tarifas:

Linhas Convencionais
Anel A: R$ 2,30
Anel B: R$ 3,50
Anel D: R$ 2,75
Anel G: R$ 1,50

Linhas Opcionais
042 – Aeroporto  R$ 2,80
072 – Candeias  R$ 4,25
160 – Gaibu/Barra de Jangada R$ 4,25
195 – Recife/Porto de Galinhas R$ 11,13

Tarifas especiais  
191 – Recife/Porto de Galinhas (Nossa Senhora do Ó)  R$ 7,60
194 – Cabo/Porto de Galinhas R$ 4,25
196 – Recife/Porto de Galinhas (IMIP) R$ 6,00 
 
 
Blog Meu Transporte

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Climatização longe de sair do papel

Licitação para refrigerar frota ainda não tem previsão para ser realizada

 Créditos: Ricardo Aparecido de Morais/Acervo

Uma das promessas para justificar a extinção do transporte clandestino que circulava pelo Recife e regulamentar um transporte alternativo, no primeiro governo do prefeito João Paulo (2001-2004), foi a de melhorar o serviço prestado pelas empresas de ônibus, que estavam falindo ou acumulando sérios prejuízos por conta da concorrência com as Kombis e Vans. Uma das iniciativas foi a aquisição de coletivos com ar condicionado em linhas convencionais, de grande demanda. O valor da tarifa não era mais caro. Quem passa calor nos ônibus que fazem o percurso CDU/Ca­xangá/Boa Viagem, por exemplo, deve se lembrar dos veículos climatizados que atenderam, menos de dez anos atrás, essa que é uma das linhas mais utilizadas por quem se desloca pela Região Metropolitana do Recife (RMR).

Pouco tempo depois, entretanto, os altos custos de manutenção e o baixo desempenho dos aparelhos de refrigeração diante do abre e fecha das portas fizeram com que as empresas, aos poucos, voltassem a introduzir ônibus convencionais nas ruas. Restaram, apenas, as linhas opcionais. A esperança por uma frota completamente equipada com ar condicionado, agora, depende da licitação das linhas, prevista pela lei 8.666/93, retomada em março deste ano, mas, até agora, sem previsão de ser realizada.

Pelo projeto, todos os veículos do Sistema Estrutural Integrado (SEI) passariam a ser climatizados até 2014. Os demais ônibus deveriam se enquadrar às novas configurações ao longo de sete anos a partir do início das concessões, que valeriam, no mínimo, 15 anos. Atualmente, a frota total chega a três mil veículos. Entretanto, os ônibus opcionais - com ar condicionado -, são apenas 37.

Procurado pela reportagem da Folha, o Grande Recife Consórcio de Transporte não quis conceder entrevistas, mas enviou alguns esclarecimentos a respeito do andamento da licitação. Por meio de nota, a assessoria de Imprensa explicou que, diante de alguns questionamentos técnicos sugeridos pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) e pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), um novo documento norteador do processo precisou ser reenviado, com as devidas alterações. O aguardo, agora, é pela análise e orientação desses órgãos fiscalizadores. Somente após essa etapa, o Governo do Estado poderá lançar o edital de licitação das linhas. Não há uma previsão concreta de quando isso deve acontecer.

Por outro lado, para quem quer ter mais conforto também nas paradas de ônibus, resta a expectativa pela conclusão dos corredores Norte-Sul (de Igarassu ao Centro do Recife) e Leste-Oeste (do Derby a Camaragibe). Serão, ao todo, 55 estações climatizadas ao longo dos dois percursos, com pagamento antecipado da passagem e embarque no mesmo nível do piso dos ônibus. Os coletivos, aliás, também vão ser dotados de ar condicionado, uma das características dos modernos ônibus que operam no formato de BRT (Bus Rapid Transit). A previsão, no entanto, é que a população só possa usufruir deles pouco antes da Copa do Mundo. A Secretaria das Cidades prevê entregar o Norte-Sul até setembro do ano que vem e, o Leste-Oeste, apenas em fevereiro de 2014. Já o chamado Ramal da Cidade da Copa, que vai interligar o Centro de Camaragibe à Arena Pernambuco, deve ficar pronto até fevereiro do próximo ano, a tempo, portanto, da Copa das Confederações.


Folha PE

 

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