Créditos: Jornal do Commercio/Acervo
Para viabilizar a obra,
será necessário desapropriar 86 imóveis localizados à margem da avenida,
no sentido Camaragibe–Recife. É para esse lado que a avenida será
alargada para a construção do corredor. A Procuradoria-Geral do Estado
ficou encarregada das negociações com os proprietários das edificações. A
maioria funciona com atividade comercial. “Já tivemos a primeira
reunião com os donos dos imóveis para explicar o projeto e o
funcionamento do processo de desapropriação. Agora, estamos preparando
os laudos, que devem ficar prontos em dezembro. Depois disso, haverá uma
apresentação mais detalhada e vamos negociar os valores com os
proprietários”, afirma o procurador-geral do Estado, Thiago Norões.
As 22 estações de ônibus do Corredor Leste-Oeste,
incluindo as cinco que ficarão em Camaragibe, foram pensadas para o
modelo BRT (Bus Rapid Transit). Serão fechadas, climatizadas e elevadas
para facilitar o transbordo e com serviço de pagamento antecipado das
passagens.
A Belmino Correia tem
quatro faixas: duas no sentido Recife, duas no sentido São Lourenço da
Mata. “Durante o período de obras, acho que vai ficar complicado. O
desmantelo que está na Caxangá vai chegar a Camaragibe. Mas quando o
serviço for concluído, acredito que a cidade vai mudar para melhor”,
opina a técnica em enfermagem Kátia Regina de Castro, usuária de ônibus.
“A Caxangá está muito travada por causa das obras. Antes, levava 25
minutos entre o Centro de Camaragibe e o Hospital Getúlio Vargas
(Cordeiro, Zona Oeste do Recife). Agora, a viagem demora até 1h30”,
relata.
Créditos: Jornal do Commercio/Reprodução
A expectativa é maior
para quem tem comércio no lado da via que vai sofrer mais impacto das
obras, por causa do alargamento. “A gente ainda não sabe o valor das
desapropriações. Já vieram medir a loja, mas as informações ainda são
pouco claras. É um prejuízo grande para a gente porque foram anos
investindo na loja. Tenho medo de não conseguir encontrar um espaço tão
bom quanto esse com o preço que o Estado vai oferecer”, pondera o
comerciante Luciano Miranda de Andrade, que vai se desfazer da loja de
autopeças que tem na avenida para dar espaço ao Corredor Leste-Oeste.
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