Pesquisa diz que equipamento diminui em 75% a possibilidade de morte em acidente
Créditos: Guto de Castro/Acervo
Em entrevista à Agência Brasil, o superintendente de Fiscalização da ANTT, Nauber Nascimento, disse que, mesmo avisados durante a viagem, poucos passageiros seguem a orientação. “Embora as empresas zelem pelo estabelecido pela agência reguladora no sentido de avisar sobre o uso do cinto de segurança, apenas 2% dos passageiros transportados realmente afivelam o cinto durante toda a viagem”.
Nascimento disse que, mesmo sabendo da importância do equipamento, o brasileiro ainda não incorporou o hábito de usar o cinto. “Enquanto, no transporte aéreo, nós já temos a cultura de que, quando estivermos sentados na poltrona do avião temos que ter o cinto afivelado, usar o cinto em transporte de ônibus ainda é um grande desafio de toda sociedade brasileira”, explicou.
Na Rodoviária Interestadual de Brasília, passageiros garantem que usar o cinto de segurança é a recomendação mais reforçada pelos motoristas antes e durante a viagem. A doméstica Abadia Teodono Elias, de 44 anos, viajou de Canabrava do Norte (MT) a Brasília com a filha e usou o cinto por recomendação e cuidado. “O uso do cinto é muito importante, principalmente em casos de acidentes. Quando entrei no ônibus, a primeira coisa que o motorista falou foi para que todos usassem”.
O vendedor ambulante Cláudio Luiz de Oliveira, de 66 anos, vai viajar para Marajó (PA) e disse que já deixou de usar o cinto de segurança algumas vezes. “Hoje eu vou usar para ter mais segurança na viagem. Se acontecer alguma coisa, estarei seguro, firme”. O estudante Valdan Marques Rodrigues, de 19 anos, chegou de São Paulo e disse que também usou o cinto. “Logo no embarque, o motorista me alertou para usar o cinto de segurança. Ele também avisou a cada parada para ninguém se esquecer”.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e com a Resolução 643 da ANTT, é obrigatório o uso do cinto de segurança para condutores e passageiros em todas as vias de território nacional. Não usar o equipamento durante toda viagem é infração grave e a multa para o motorista e para a empresa varia entre R$ 1 mil e R$ 3 mil.
Agência Brasil/Folha PE
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