Créditos: Maiara Melo/JC Imagem
Seis empresas internacionais foram consultadas, porque, segundo Nelson Menezes, nenhuma firma nacional pode atender a essa nova proposta. “Todas já estiveram aqui, no Recife, tirando dúvidas. Agora, estamos aguardando que elas enviem algumas cotações, para fazermos a licitação”, explicou. As três empresas que participaram do antigo projeto (Citatti, Cercap e MidiaVox) foram multadas no valor de R$ 400 mil.
O antigo pacote de medidas monitorava em tempo real a localização dos três mil ônibus da frota do Grande Recife, que foram equipados com GPS. A informação era enviada para os painéis informativos, que até então só tinham sido instalados em nove dos 14 terminais; e por SMS, para os usuários cadastrados, ao custo de R$ 0,31 mais impostos, por mensagem. “Antes, era mais um rastreamento. Agora, vamos ter, além do GPS, um equipamento que entra em contato com motorista, avisando os detalhes da linha dele, se está atrasado, adiantado e também informando sobre engarrafamentos. É como se estivéssemos saindo de um modem e indo para um computador embarcado”, afirmou Nelson.
O novo projeto prevê, ainda, a padronização dos equipamentos, o que evitaria a repetição das falhas. “Antes, cada empresa tinha o seu GPS e nós contratamos o sistema. Agora, vamos contratar, inclusive, o equipamento de bordo do ônibus.” Além disso, o novo sistema fará um planejamento, orientando como melhorar o transporte, através da coleta de dados acumulados durante as viagens. “Essa é a grande diferença entre a antiga e a nova proposta. Agora, é rastreamento e controle”, ressaltou o presidente.
Mas há diferença maior. O serviço de informação via torpedo, possivelmente, não existirá mais. “Vamos partir para smartphones, nos quais as pessoas vão consultar essas informações via internet.” Quem não tem acesso à tecnologia móvel, ficará sem o serviço. “Nós fizemos pesquisas. O único lugar que oferece esta opção é o município de Goiânia (GO), e quase não é usado. Hoje é mais barato ter um plano de internet do que mandar SMS. E como o sistema só ficará pronto no fim do ano, o torpedo vai estar fora de moda”, insistiu.
O sistema será instalado, primeiramente, como teste nos 200 BRTs que funcionarão no corredor Leste-Oeste, em janeiro do ano que vem. Depois, todos os outros ônibus receberão o equipamento em até um ano, ou seja, o projeto só será concluído no fim de 2014.
JC Online
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