quinta-feira, 4 de julho de 2013

Protesto de liberação das passagens teve baixa adesão no Recife


Poucos motoristas da Região Metropolitana do Recife aderiram ao protesto "catraca livre" anunciado pelo movimento Oposição Rodoviária de Verdade para ocorrer na tarde desta quinta-feira (4). A reportagem do NE10circulou por vários bairros da cidade e apenas em um local, na Avenida Cruz Cabugá, na área central do Recife, um motorista de ônibus permitiu a entrada de passageiros sem a cobrança de tarifa. 


Porém, outros veículos que trafegavam na Cruz Cabugá cobraram normalmente a passagem. Na Av. José Rufino, em Jaboatão dos Guararapes, os usuários também pagaram a tarifa. "Estou na parada há mais de 30 minutos. Geralmente o meu ônibus demora no máximo dez minutos", disse a usuária Viviane Correia, de 30 anos.

Maioria dos ônibus cobrou passagem normalmente hoje.
Créditos: Guga Matos/JC Imagem

Na Avenida Antônio de Góes, no bairro do Pina, os usuários também reclamaram da demora dos veículos. Por volta das 17h, muitas pessoas aguardavam os ônibus nas paradas da via. "Estou do lado dos motoristas, eles precisam reivindicar um melhor salário. Porém, acho que devem ter estratégias que prejudiquem menos a população", disse o garçom Fernando José da Silva, de 52 anos, que aguardava o seu ônibus há 30 minutos.

Durante tempo em que a reportagem do NE10 pernameceu na Antônio de Góes, das 17h20 às 17h40 (horário considerado de pico), nenhum dos ônibus que passaram pelo local, todos lotados, dispensou a cobrança da passagem. Confira no vídeo abaixo os passageiros entrando pela porta da frente.

A reportagem da Rádio Jornal circulou pelas paradas de ônibus nas proximidades do Shopping Tacaruna, em Santo Amaro, e também não localizou ônibus trafegando sem a cobrança de passagem.

A pouca adesão dos motoristas pode ter sido motivada pelo anúncio do Sindicato das Empresas de Transportes (Urbana-PE) de que os rodoviários que participassem do protesto poderiam ser demitidos por justa causa. A medida punitiva já era legal desde a determinação do fim da greve, julgada em dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) nessa terça (2). No entanto, muitas empresas decidiram entender as manifestações da categoria nessa quarta (3) como uma queixa à decisão da Justiça.

Já para a advogada do Oposição Rodoviária de Verdade, Nóelia Brito, o movimento foi prejudicado pela falta de tempo hábil para divulgação junto à categoria, mas acredita que amanhã os ônibus circularão com "catraca livre". Ela disse ainda que nesta quinta muitos ônibus circularam com motoristas terceirizados e que esses não participam do movimento.

NE 10

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