terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Estado dos pontos de ônibus incomoda moradores de Petrolina

Créditos: Larissa Paim/G1 Petrolina

Usuários do transporte público de Petrolina, Sertão pernambucano, reclamam da estrutura de alguns pontos de ônibus pela cidade. Falta de assento, abrigos e de sinalização são algumas das deficiências encontradas pela equipe do G1 ao percorrer alguns pontos de parada de diversos bairros da cidade.
Na Avenida Cardoso de Sá, próximo ao batalhão do Exército, há três pontos de ônibus. Um deles tem apenas a placa informando que ali é local de parada e os usuários dividem o espaço com entulho e matagal. Outro tem abrigo, mas nele falta o assento. No lugar, um tronco de árvore está sendo usado pela população para a espera do transporte. Já o terceiro, nem placa, nem abrigo identifica o ponto.


Outra dificuldade enfrentada pelas pessoas que utilizam o transporte coletivo é a deficiência na cobertura. Já que a depender do horário é preciso ficar em pé por trás do abrigo para aproveitar a sombra. Pior ainda é quando chove. A cobertura, por ser estreita, não protege os usuários.
A situação se repete no Centro da cidade. Encontramos a artesã Maria Rodrigues enquanto esperava o coletivo. “A cobertura do ponto não é boa, é desconfortável”, disse ela. Maria Rodrigues mora no bairro Ouro Preto, Zona Oeste, e afirma que por lá dois pontos não têm abrigo. “Não há assento e nem cobertura. Minha sorte é uma árvore que tem próximo aos pontos, que protege a gente do sol”, conta.
A emprega doméstica, Maria do Socorro Franco, reclama que sempre pega ônibus no horário em que o calor está mais forte. “Não tem quem sente à tarde, pois o banco é de ferro e fica muito quente”, desabafa.
Créditos: Larissa Paim/G1 Petrolina

Em outra parada na Cidade Universitária, bairro Vila Eduardo, não há placa sinalizando os ônibus que passam pelo local. O ponto atende a estudantes e funcionários de uma escola estadual e duas faculdades. “É difícil identificar o ponto sem a placa, principalmente para as pessoas que moram em outros municípios”, conta o estudante, José de Amorim.
O diretor-presidente da Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo (EPTTC), Paulo Valgueiro, afirma que a empresa está finalizando um termo de referência para licitar a revitalização dos pontos existentes. “Vamos implantar novos e também colocar placas onde falta ou não tem condições de colocar os abrigos”, disse Paulo, que justificou ainda que os pontos que não têm abrigo são mais usados para desembarque e por isso somente a placa é colocada.
Em relação à cobertura, o diretor-presidente diz que é um problema que se repete em todo o Brasil. “Nós ainda não chegamos a esse ponto de ter abrigos que tenham cobertura em tempo integral. Isso já existe em algumas cidades, mas são em terminais, pontos maiores, climatizados. E esses pontos totalmente fechados requerem também segurança”, explicou.

G1 Petrolina

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